Diário d'Um Animal



Conhece-te a ti mesma antes de saber conhecer os outros!


Diário d'Um Animal 2009, de Romeu Cassius

Retirado do site:
ttp://diariodumanimal.blogspot.com/

Sinceramente, pensei que uma garota mais tradicional seria uma pessoa mais compatível comigo, mas afinal ela só se arrasta ao pé de mim.


Acha graça á minha irreverência, excentricidade e imaginação, e apenas me ouve ignorantemente e inexperientemente sem querer saber o porquê, julgando-me facilmente a cada segundo que passa.


Esta última parte não seria uma contrapartida, não fosse ela deixar-se levar pelos superficiais julgamentos que faz, e achar-se dona da dignidade, da honra e da moral social, do Portugal Antigo (de há 15 anos atrás) face ao Portugal Moderno de hoje.


Uma pessoa que ainda acha que irá virgem com o homem ideal, para o altar.

Quanto á parte do «homem ideal» não sei, mas a parte do «virgem» só se ela casar com um homem mesmo velho.


Como parece que ela não quer acordar, eu posso dizer-lhe aqui umas palavras...Sendo um amigo, abri para ti, o meu Mundo, para melhor me compreenderes, e nem o ar que dele respiraste soubeste interpretar...


Sinto raiva por te ter tido em melhor conta e consideração, lamento, pensava que eras uma mulher inteligente...


Afinal és igual às outras (à maior parte delas), com a única diferença de viveres num tempo que não é exactamente o teu.

Não olhas ao valor da pessoa que tens ao lado, mas aos pequenos "tropeções" que ela deu ao viver a vida, a vida dela óbviamente, porque a tua está em «stand-by» já há bastante tempo.


Francamente, tu não és uma Santa como dizes ser mas uma inexperiente, ignorante e antiquada menina, que se vale da idade acumulada para dizer que é mulher, e que sabe ser mulher. Lamento, mas nem sabes ser feminina, e garanto-te que não basta usar saias e ir á missa.


Isto, porque estás "encostada ás boxes" há tanto tempo, tão enferrujada, destreinada, sem arriscares em nada, nem em ninguém (tal com acontecia quando namoravas).

Sem hipótese alguma de ingénuamente cometeres erros, sequer.


Tu não vives, nem sentes o mínimo do que devias sentir!

Tu só pensas, e mal!


E achas-te no direito de julgar tão facilmente os outros, visto que nem para ti és sincera, não te apercebes de ti mesma.


És uma daquelas velhas e antiquadas sacristãs (embora aches que não, a verdade é que ages e pensas como tal, sem dares conta disso, e isso reflecte-se nas palavras que usas- ou será que o teu vocabulário é assim tão limitado que não consigas exprimir o que sentes?).


Eu não sou quem pensas, e estou farto de ter fama sem ter o respectivo proveito.É uma das histórias mais velhas da minha vida!

Fama de ter namorado com esta ou com aquela, e só saber disso depois do «namoro» ter acabado, quando o pessoal me abordava perguntando "o que aconteceu" para tal facto.


Provavelmente, até sou pai de algum garoto que anda por aí e ainda não sei, porque o mais certo é eu ter engravidado, com o meu próprio espírito santo pessoal, alguma destas miúdas que diziam ter namorado comigo...


Posso tornar-me aquilo que pensas de mim, só para te dar razão, e por uma questão de justiça, vingar-me ao mesmo tempo de ti por não acreditares em mim, e da tua prima, por se exibir com coisas que não aconteceram.


E provavelmente vai saber tão bem ser um pouco mauzinho, porque gajos simpáticos e engraçados acabam sempre sozinhos e a tocar á punheta, e os rufias é que papam o gado todo.


Querias ser maltrada por uma besta quadrada e machista (que é como quem diz, um cavalheiro á moda antiga?), como acontece ás pitas de hoje-em-dia?


Desculpa, eu sou tradicional, mas não sou assim tanto!

E tu achas-te melhor que os outros porque nunca pecaste!

Aliás, tu nem te enganas, nem pecas!

Nem mesmo ao julgar o próximo, precipitadamente.


És uma beata hipócrita que nem se conhece a si mesma, nem quando se olha ao espelho!


Tens tantos preconceitos infundados, bem como outros argumentados com futilidades do século passado, e tanto medo de uma mulher ficar «mal falada» (com má fama), que vais ficar falida, seca, sozinha, e amargamente arrependida daqui a uma dúzia de anos!


Principalmente quando olhares á tua volta e te aperceberes finalmente que as tuas linhas de orientação eram apenas para te guiarem e não para te reprimirem, nem eram para limitar a tua imaginação enquanto esta voava.


Nessa altura, as asas já perderam penas!

Já não consegues voar e mal te levantas do chão!

E a culpa é só tua!


Ninguém te desiludiu, a não ser tu mesma, contigo própria.


VÊ SE PÕES JUÍZO QUE SE APROVEITE NESSA CABEÇA!-ACORDA MULHER!!

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